REALISMO

O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX. A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano. 

 Bonjour, Monsieur. Gustave Courbet, 1854. 

O realismo possui um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros. Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas regiam ao subjetivismo do romantismo. Uma das correntes do realismo foi o naturalismo, fortemente influenciado pelas ciências naturais. 

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Charles Darwin

A pintura realista retratava cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade. Um dos principais pintores realistas foi o francês Gustave Courbet. Com obras que chocaram o público pelo alto grau de realismo e pelos temas sociais. 

Portrait of Chenavard. Gustave Courbet, 1869

Na prosa, o realismo atingiu seu ápice. Os romances realistas são de caráter social e psicológico, abordando temas polêmicos para a sociedade da segunda metade do século XIX. As instituições sociais são criticadas, assim como a Igreja Católica e a burguesia. Os escritores também criticavam o preconceito, a intolerância e a exploração. Sempre utilizando uma linguagem direta e objetiva.
A obra que marca o início do realismo na literatura é Madame Bovary de Gustave Flaubert. Vejam o documentário abaixo. É o mesmo que começamos a assistir em sala de aula.  

Série Grandes Livros

No teatro realista o herói romântico é trocado por pessoas comuns do cotidiano. Os problemas sociais transformam-se em temas. A linguagem sofisticada do romantismo é deixada de lado e entra em cena as palavras do cotidiano. O primeiro representante desta fase é o dramaturgo francês Alexandre Dumas, autor de A Dama das Camélias.


REALISMO NO BRASIL

Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. O marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor fluminense faz crítica irônica à burguesia endinheirada e às ideias fora do lugar.

http://machado.mec.gov.br/

Vale assistir esse documentário sobre a vida e obra de Machado de Assis. Através de imagens de época, trechos de filmes baseados em suas obras e análises de professores e críticos literários, Um mestre na periferia do capitalismo procura trazer um pouco do olhar machadiano sobre a realidade brasileira, além de informações a respeito de sua ascensão como escritor e privilegiado crítico da realidade circundante.




   
Recomendo a leitura de Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis, de Roberto Schwarz. Mas, aí eu falo apenas para aqueles que têm noção de que esse livro pesa uma tonelada.  

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