Mário de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade (1893 - 1945) foi um poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, ensaísta brasileiro. Ele foi um dos pioneiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Paulicéia Desvairada
em 1922. Andrade exerceu uma grande influência na literatura moderna
brasileira e, como ensaísta e estudioso—foi um pioneiro do campo da etnomusicologia—sua influência transcendeu as fronteiras do Brasil.
Andrade foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo por vinte anos. Músico treinado e mais conhecido como poeta e romancista, Andrade esteve pessoalmente envolvido em praticamente todas as disciplinas que estiveram relacionadas com o modernismo em São Paulo, tornando-se o polímata
nacional do Brasil. Suas fotografias e seus ensaios, que cobriam uma
ampla variedade de assuntos, da história à literatura e à música, foram
amplamente divulgados na imprensa da época. Andrade foi a força motriz
por trás da Semana de Arte Moderna, evento ocorrido em 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil, tendo sido um dos integrantes do "Grupo dos Cinco". As idéias por trás da Semana seriam melhor delineadas no prefácio de seu livro de poesia Paulicéia Desvairada e nos próprios poemas.
Depois de trabalhar como professor de música e colunista de jornal ele publicou seu maior romance, Macunaíma, em 1928. Andrade continuou a publicar obras sobre música popular brasileira,
poesia e outros temas de forma desigual, sendo interrompido várias
vezes devido a seu relacionamento instável com o governo brasileiro. No
fim de sua vida, se tornou o diretor-fundador do Departamento Municipal
de Cultura de São Paulo
formalizando o papel que ele havia desempenhado durante muito tempo
como catalisador da modernidade artística na cidade—e no país.
Documentário sobre Mário de Andrade